terça-feira, 14 de julho de 2015

Tem uma música que eu acho linda e diz assim : "essa não é mais uma carta de amor, são pensamentos tolos traduzidos em palavras". Gosto dela por diversas razões, mas principalmente essa frase, essa ideia de receber uma carta com os pensamentos confusos de alguém que podem de maneira ou outra ser traduzidos em amor. Esse ideal romântico, que possui um quê de estúpido, em achar o máximo receber uma carta. Alguém se declarar pra você então, já pensou? Pensar, eu, particularmente, até pensei bastante. A real é sempre bem diferente. Também nunca tive coragem de mandar carta pra ninguém, escrevi várias e guardei num arquivo do word quando não na gaveta debaixo de uma pilha de roupas. Aí eu me pergunto o que quer dizer  tudo isso aqui e percebo que venho me perguntando isso em tudo que escrevo. Parece que me perco na metade da ideia. Sem continuidade. Mas voltando as cartas, esses dias meu celular apagou todas as conversas do whats, por razões que não cabem a nossa vã filosofia, e eu perdi um monte de conversas antigas. Arquivadas todas porque doía um pouquinho ver os nomes ali, mas como gosto de sofrer ficava relendo sempre que sentia saudade. Perdi tudo. Queria ter umas cartas, pra fazer algo tão dramático quanto jogá-las a fogo numa tentativa de esquecer, queria ter umas cartas porque eu poderia guardá-las num lugar bem escondidinho e protegê-las e curtir a bad tranquilamente lendo. No fim, nada disso tem sentido, nem mesmo a obsolência programada dos eletrônicos. No fim é o fim. 

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