sexta-feira, 20 de novembro de 2015

"Amou daquela vez como se fosse a última". E amou e amou mais um pouco. Por onde for, amor. "Pois sem amor eu nada seria." E olhou naqueles olhos, que lhe pertenciam e lhe tinham mais que tudo mundo. E se perdeu e achou o máximo. quis ficar ali como se não tivesse mais pra onde ir, e não tinha. O mundo virou uma íris castanha que brilhava no sol e tinha uns pingos dourados. Amou e o mundo virou amor. Sorriu-lhe e toda a matéria se desintegrou, todo o cosmo de repente tinha uma razão de ser, orbitou então em torno daquele sorriso e sentiu a vida como nunca antes. Tudo tinha brilho, tudo tinha cor, "foi só botar o amor no caminho, que o caminho virou amor". Sentiu medo, de verdade, pela primeira vez. Medo de perder, de se perder, de não saber mais quem era até aquele momento, quem era a partir daquele momento. Tudo era uma eterna aventura. O coração disparava, a pele arrepiava e era como se um toque pudesse provocar uma explosão. Sentia em si o cheiro que não era seu, mas agora lhe era tão familiar que se sentia pertencente como se nunca antes tivesse se sentido em casa. Pela primeira vez, sentiu a paz. E o aconchego de estar dentro de um abraço apertado e ainda assim não querer sair. Como Alice que cai no buraco, cair no outro para então se sentir um. Descobrir o país das maravilhas, sem a rainha de Copas. Amou daquela vez como se fosse a última e foi. Nunca mais amou de novo. Porque se fundiu no amor e aquele amor eterno e corrosivo, consumiu tudo que era ser. Consumiu a essência e foi amor, amor até o último fio de cabelo, a última partícula subatômica. Amou e não coube em si e não teve fim, amou e foi a última vez que amou tanto assim. Não se foi, não se separou. Passam se os anos e os dias, passam se as pessoas e a vida. Só não passa o amor que teve, que tem. Virou amor de tanto amar. Olha  pro lado, para aqueles olhos que já não enxergam tão bem e vê o amor. Sente a plenitude do momento e vê o fim. Olha para frente e pensa no que será então, o que espera e não sente medo pois o ser se tornou amor. A alma é fluida e leve, espera e confia. Não carrega arrependimentos, tudo que fez, fez por amor. De todo amor que teve se entregou. Foi amor até o último suspiro. É amor. 
É mentira. Tudo que te contarem de mim, é mentira. Se te disserem que eu ando falando sozinha, que cantarolo pelos cantos, mentira. Acredita só naquilo que te digo. Acredita quando digo. Quando olhar pra mim, olha pra mim. Olha pra tudo aquilo que quero te dizer e não te digo, olha bem nos meus olhos e entende que sou assim meio tempestuosa. Que meu olho parece preto, mas é castanho escuro, bem escuro. Que quando no sol, meus olhos se fecham e ficam pequenininhos, que eu não enxergo muito bem de longe. Ouve o meu suspirar quando você passa por mim, ouve os resmungos quando você não me dá atenção. Me ouve, mesmo quando eu tiver falando um monte de coisa sem sentindo. Sobre sentido, me sente. Com a tua pele, tuas mãos, tua boca. Com cada átomo teu que eu quero colar aos meus. Permite a ligação, permite que eu sinta o teu coração. Lê as minhas entrelinhas como eu tento ler as tuas, perdoa a bagunça que eu fizer e quando eu for bagunça. Entende que eu sou volátil a temperatura ambiente, que em contato com o ar eu entro em combustão e em contato contigo viro mais que vulcão. Não tenta ser meu dono que eu não quero, nem quero ser tua dona. Sou tua, me entrego, mas não antes de ser minha, só minha. Percebe que eu surto, me afasto, brigo, grito, escandalizo e depois fico chorando no travesseiro. Não faz essa cara, não fica com medo, te digo que é pra sempre e digo com toda a força que tenho. Sê forte porque as vezes sou fraca e não aguento o peso sozinha, mas eu finjo que sim. Te peço muito, mas não exorbitantemente. Me ama com toda a essência daquilo que és, me ama que eu te amo também. Amo muito, amo tanto que te escrevo, te escrevo sempre e todos os dias. Te escrevo na beirada da folha, te escrevo quando falo sozinha, te escrevo. E escrever é amar mais um bocadão. Escrever é querer botar pra fora, e é isso. Te escrevo, de novo. 

domingo, 15 de novembro de 2015

Queria culpa alguém. Alguma coisa. Culpar Áries com ascendente em Câncer. Culpar a sociedade patriarcal e opressora. Culpar meus pais que me mimaram. Culpar minha geração que veio bugada. Culpar. Mas a culpa é minha. Mea culpa, mea maxima culpa. Olho pro horizonte e penso em todas as cosias que e gostaria de estra fazendo, de estar sendo. Lembro que minha psicóloga pediu pra eu escrever um texto no início do ano em que eu dizia quem eu era, até postei aqui, apesar de não ter mostrado a ela. Eu dizia ser uma mistura de tudo aquilo que eu gosto, não gosto, quem eu amo, quem não suporto. Mas me sinto mal,  bem mal. Perdi o propósito do texto, sempre perco. O direito me deixa sem saco pra enrolação, quero mais dogmática decisiva que zetética. Sinto que me afastei da minha melhor amiga e que não tenho ninguém que possa fazer esse papel, me estresso constantemente comas minhas "amigas" daqui. Tenho vontade de chorar e ficar encolhida em posição fetal, tenho raiva e me sinto triste uma parte gigante do tempo. Reclamo pra evitar tudo isso, surto e sou grossa. Devia tentar mudar e ir descobrindo um jeito de ser quem eu sou, descobrir quem eu sou. Começo amanhã, junto com a dieta de toda segunda. Um dia dá certo. 

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Passo o tempo todo me justificando por não ter tempo de escrever aqui, no meu diário, de entrar no tumblr quando na verdade passo quantidades consideráveis de tempo jogando candy crush e no facebook. Meu maior problema é que minha vida é um tédio. Veja bem, não reclamo....Nossa que mentira, reclamo pra caralho, SEMPRE. Eu to na faculdade fazendo ocurso que eu quero, passei tranquila no primeiro semestre, não to numa cidade ruim, sou uma classe média confortável, tenho pessoas com as quais gosto de conviver, acesso a internet e tals. Mas falta uma movimentação, é uma coisa horrível admitir que tem inveja, que queria ser ou ter um pouquinho da vidas das colegas, é horrível e faz com que eu me sinto mal sempre. Mas eu queria, queria mesmo. Peço a Deus todos os dias que ele me perdoe desses sentimentos e que me dê a calma e a sabedoria de saber que cada um é um. Nem sei porque to escrevendo esse desabafo sem noção aqui, acho que por  razão nenhuma só pra lembrar que eu existo, pra dizer que acabei o semestre, tive férias, voltei, tive feriado, teve ENEM, teve polêmica, teve o FIB antes disso tudo, teve (tem) 36 séries na grade, tem eu sem paciência, tem PL invasiva, tem gente querendo mexer no estatuto do desarmamento, teve dólar a 4,20, teve (tem) 5 milhões na conta do Cunha na Suíça. Teve esse Brasil porra louca que eu não to entendendo mais é nada. Teve apologia a pedofilia com uma menina do Master Chef Jr., teve  Buddy no Brasil, e cansei agora de digitar mas é isso. Teve e tá tendo, to contando os dias pra fazer a retrospectiva kkkkk
PS: MINHA BANDA FAVORITA VOLTOU A FAZER SHOWS, ELES FIZERAM UM SHOW AQUI DO LADO
E
EU
NÃO
FUI