quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Marianne nunca tivera dúvidas de sua beleza. Seus traços delicados, os cabelos castanhos caindo por suas costas, os olhos verdes distantes, as bochechas rosadas, sempre fora bela. Quando crescera e seu corpo se desenvolveu percebia os olhares dos homens quando ela passava na rua e não demorou a arranjar seus namoradinhos, mas agora tudo era diferente. Ele era diferente. Se conheceram algumas semanas antes, ele era um dos novos auxiliares do seu cursinho. Cabelos e olhos pretos, musculoso e com um sorriso de derreter corações. Ela não podia dizer se ele realmente a ajudava nas aulas ou mais fazia atrapalhar. Conversavam sobre funções, equações, porcentagens e também descobriram outros assuntos. As conversas acabaram se tornando mais pessoais e menos sobre matemática, podia começar na aula e terminar num barzinho, num cineminha, numa lanchonete, no shopping. Numa sexta ela convidou ele pra ir até o apartamento que dividia com uma amiga, a moça viajara confessou ela e tinha medo de ficar sozinha ele podia lhe fazer companhia pelo menos até umas dez horas, podiam pedir uma pizza quem sabe. Para surpresa dela ele aceitou, conversaram até de madrugada e na semana seguinte o assunto rendeu. Na última sexta chamara o para visita-la de novo, a amiga viajaria para encontrar os pais dissera e ele riu mas prometeu aparecer. Ela preparara-se para este encontro, podia se dizer apaixonada e jurar que ele sentia o mesmo, por isso o tempo desperdiçado no espelho tinha de estar perfeita. Os cabelos caiam sobre seus ombros, uma suave cascata cor de chocolate, os olhos verdes brilhavam de excitação enquanto as bochechas coravam rosadas. Quando abriu a porta para ele quase caiu para trás, não importassem quantos dias se passassem ainda se surpreendia com seus sorriso brincalhão que chegava até seus olhos, os braços fortes que a faziam se sentir segura. Convidou-o a entrar. Conversaram até de madrugada quando ele disse que tinha que ir.
-Você tem algum compromisso?
-Não, mas...
-Sem mas. Que tal você dormir aqui hoje?
Ele sorriu e foi como se todo o mundo parasse por um momento ao vê-lo sorrir.
-Você é uma garota bastante atrevida, mas uma garota e seria errado se eu me aproveitasse disso. Afinal eu já tenho meus vinte e cinco.
-Tanto faz, oito anos a mais.
-Garota, garota.
Repetiu e Marianne adorou como a palavra soava nos lábios dele, adorou os lábios dele e de um rompante o beijou. E o beijo foi se tornando algo mais forte, mais incontrolável a medida que suas mãos deslizavam pela barriga dele e quando deu por si tiravam sua blusa. Num ímpeto de momento estavam os dois se esbarrando pelos cantos da casa na tentativa de chegar no quarto. Já sem camisa e resfolegando, ele a jogou na cama e arrancou as dentadas o que restava fechado de sua blusa e seu sutiã, os jeans caíram no chão enquanto se arranhavam, se beijavam...
E a cidade virou uma mera telespectadora do amor dos dois.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Então é Natal e o que você fez...

Esse ano eu fiz e deixei de fazer muita coisa. Aproveito então pra fazer minha retrospectiva, afinal o "ano termina e nasce outra vez". Posso começar dizendo que tinha expectativa e muita para 2012, tinha na minha cabeça que este ia ser O ano e de certa maneira foi. Foi O ano para rir e também para se estressar, para fortes emoções e novos conceitos, O ano para aprender que nem sempre as coisas são um mar de rosas e que , não se espante, existem outras pessoas ao nosso redor.
Mas também acabei me decepcionando, acho que expectativa demais nunca é uma coisa boa. Me decepcionei com o governo, com as pessoas, com aqueles que sempre achei que estariam comigo, comigo mesma. Fiquei revoltada com o mundo, queria fazer parte da geração rock'n roll dos anos 80, que ia para as ruas e lutava, ia de contra o mundo. Também quis ser culta, ser descolada, ser parte da galera.
Quis novos amores e acabei me contentando com a solidão, tive novos sonhos e acabei acordando em pesadelos. De mim foi tirado uma coisa muito importante e agora passo os dias tentam aprender como viver sem ela. Mas a mim também muito foi dado, afinal vivi por quase 365 dias de grandes emoções e grandes tédios.
Me afastei de tanta gente e sobretudo de uma pessoa que considerava essencial, me afastei e agora mudamos, as duas, e não sei mais como me aproximar. Não sei se sou capaz de entender as mudanças dela e talvez também ela não seja capaz de me entender. Mas deixo para 2013 todas essas preocupações, deixo isso e mais o meu nervoso, ansiedade pelo novo. Deixo para o ano que vem minhas expectativas, meus sonhos, meus temores, minhas ansiedades, meus medos, meus amores, minhas amizades. Deixo para 2013 tudo de mim.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

E me olhou, pude sentir no fundo daqueles olhos cinzentos como estava magoada nada disse porém.
-Você me entende? Não quero mais brigas, discussões...
-Tudo bem.
-Mesmo?
-Se tomou sua decisão e pretende se manter nela por mim está tudo bem.
-Então eu to indo.
Vi quando saiu em passos rápidos na direção da porta, mas vi tudo muito vagamente. Sentei naquele sofá mais velho que eu e mais mofado também, e encarei a parede manchada foi então que finalmente entendi aquela música de Caetano "e agora que faço eu da vida sem você". E agora? Sei que não podia tê-la deixado ir, sei que devia ter insistido, mas sei também de todas as nossas brigas, sei que ia acabar com os dois magoados por causa de um monte de palavras idiotas. Sei que a culpa é minha.
Tinha tanto pra dizer pra ela que fiquei calado. Como, por Deus, eu fiquei paralisado? Tinha mais era que ter gritado, esbravejado, segurado as pernas dela e falado "Não daqui você não sai!" Simplesmente deixei ela falar e disse tudo bem. Tudo bem! Devia ter pedido desculpas, ter mudado quando tive chance, devia ter confiado mais nela, ah tanta coisa que eu devia ter feito pra que ela quisesse continuar comigo e eu não fiz naquela tola certeza do aaah mas a gente se ama. Ama muito até, mas só amor não basta tem que ter compreensão, carinho, confiança, segurança, proteção. Tem que aguentar a barra. E eu sou fraco, fui fraco a anos atrás pra pedir ela em namoro, fui fraco quando não dei valor a ela, fui fraco hoje quando permaneci calado, fui fraco, sou fraco.
E agora o gato que eu comprei uns meses atrás me escuta lamentando, escuta as coisas que eu devia ter dito a ela. Aposto que depois de tudo até o gato quer namorar comigo, mas ela, ela foi embora e não vai voltar. Ah gatinho eu devia ter dito que o sorriso dela é esquisito sim mas que brilha quando verdadeiro, que o cabelo dela é emaranhado mas quando ela lava parece uma moldura pro seu rosto, que  ter uma perna maior que a outra deixa ela fofinha, que ter alguns pneuzinhos só deixa ela mais bonita, que as gostosas das revistas tem mais celulite do que ela e que aquilo lá é photoshop que elas usam. O gato dormiu, me deixando falando sozinho e acho que no fim é isso mesmo. Estou sozinho, com um gato dorminhoco, porque perdi a mulher da minha vida sendo um fraco, um idiota. Estou aqui achando sentido nas músicas de Caetano, porque agora sei qual a sensação de perder o amor da sua vida.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Sentado daquele jeito até parecia vulnerável, a cabeça por cima do braço jogada nos joelhos, tão largado. Queria correr até ele, mas minhas pernas pareciam estranhamente pesadas. Fui andando lentamente dando longas respiradas, cada passo ele parecia mais uma miragem.
-Levanta.
-Ah, você.
Admito que o tom de sua voz me magoou, mas relevei afinal não sou conhecida pela paciência ou delicadeza.
-Sim, sou eu. Levanta.
-Me deixa.
-Para de drama.
-Cala a boca e sai daqui.
Encarei os cabelos pretos irregulares e rebeldes, lembrei da maciez que era tocar neles, observei suas costas se movimentarem com a respiração, acabei me desarmando. O que estava fazendo ali? Não tínhamos mais nada um com outro, nem conversamos mais direito, não tinha razões para me envolver nos problemas dele que não eram mais meus. Não vi quando ele levantou a cabeça tão entorpecida nos meus pensamentos.
-Se não vai embora pelo menos senta.
Sentei e fiquei ali olhando para as mãos dele apoiadas no chão, tinha arranhões que presumi serem de uma queda qualquer, olhei os braços tão mais fortes do que há um ano atrás. Como ele mudara nesse tempo separados, um novo homem.
-Eu não quero falar sobre nada, não vou pedir desculpas e não me arrependo de nada.
-Eu acho que sei disso.
-Sabe? - ele pareceu confuso, fora fácil demais me convencer
-Devo saber. Nem sei porque eu vim falar contigo.
-Saudades, aposto. - ele riu e foi como se de novo acendesse um chama no meu peito
-Não. Vim ver se tava tudo bem.
-Tá sim e quando não tá sempre fica. Nem se preocupa.
-Acho que é melhor eu ir, você precisa pensar em quantas pessoas magoou com seu ataque de rebeldia.
-O que? Meus pais?
-Também. Tua namorada tava preocupada.
-Deixa ela. Menina chorona do caramba.
-Ela te ama.
-Eu gosto dela, mas não sei eu...
-Pensa ai sozinho. Já vou.
-Se tu quer vai.
E fui. Não sei se para sempre, deixei ele lá com as mesmas rebeldias, mesmos dilemas, continuando na busca por liberdade vim viver minha vida. Amei-o mais até do que imaginara, era o meu melhor amigo, meu tudo. Mas cresci, crescemos e não deu mais. Não dá. Ele continua lá lindo e sensível, sexy e bobo, charmoso e canalha, continua sendo ele. Virei de costas, sempre chega a hora de continuar.
Certa feita li um livro em que a moça morria envenenada e cabia ao sagaz detetive descobrir quem a envenenara, lembro que me surpreendi com o final da narrativa apesar de hoje não lembrar mais que alguns poucos momentos da história. Sei que me marcou, apesar de não ter um motivo especifico. Me marcou. Isso foi a mais ou menos um ou dois anos atrás, e nesses dias sem graças passando os olhos por um texto qualquer na internet voltei a me lembrar da moça que bebera cianureto e surgiu na minha mente essa expressão: bombons envenenados. Tentei escrever um conto, um texto ou qualquer outra coisa e não consegui, porém a expressão continuou ali me cutucando. E foi assim que numa dessas noites cansadas ela virou url, título, virou um textinho tolo. Foi num dia desses que ela passou a incomodar outros.


Fluorescent Adolescent

You used to get it in your fishnets
Now you only get it in your night dress
Discarded all the naughty nights for niceness
Landed in a very common crisis
Everything's in order in a black hole
Nothing seems as pretty as the past though
That Bloody Mary's lacking a Tabasco
Remember when you used to be a rascal?

Oh that boy's a slag
The best you ever had
The best you ever had
Is just a memory and those dreams
Not as daft as they seem
Not as daft as they seem
My love when you dreamed them up...

Flicking through a little book of sex tips
Remember when the boys were all electric?
Now when she tells she's gonna get it
I'm guessing that she'd rather just forget it
Clinging to not getting sentimental
Said she wasn't going but she went still
Likes her gentlemen not to be gentle
Was it a mecca dobber or a betting pencil?

Oh that boy's a slag
The best you ever had
The best you ever had
Is just a memory and those dreams
Weren't as daft as they seemed
Not as daft as they seemed
My love when you dream them up
Flow, where did you go?
Where did you go?
Where did you go? Woah.

Falling about
You took a left off Last Laugh Lane
You just sounded it out
You're not coming back again.

Falling about
You took a left off Last Laugh Lane
You just sounded it out
You're not coming back again.

You used to get it in your fishnets
Now you only get it in your night dress
Discarded all the naughty nights for niceness
Landed in a very common crisis
Everything's in order in a black hole
Nothing seems as pretty as the past though
That Bloody Mary's lacking in tabasco
Remember when you used to be a rascal?

Adolescente Fluorescente

Você costumava conseguir isso em suas meias arrastão
Agora você só consegue no seu vestido de festas
Descartou as noitadas por gentileza
Estacionada em uma crise muito comum
Tudo está em ordem dentro de um buraco negro
Nada parece tão bonito quanto o passado, apesar de tudo
Aquele Bloody Mary está faltando um Tabasco
Lembra quando você costumava ser um canalha?

Oh, aquele garoto é um cafajeste
O melhor que você já teve
O melhor que você já teve
É apenas uma lembrança e aqueles sonhos
Não eram tão estúpidos quanto pareciam
Não tão estúpidos quanto pareciam
Meu amor, quando você os sonhou...

Folheando um livrinho com dicas de sexo
Se lembra de quando os garotos eram todo elétricos?
Agora quando ela conta que vai conseguir isso
Eu fico achando que ela preferiria apenas esquecer isso
Se contendo para não ficar sentimental
Ela disse que não iria, mas foi assim mesmo
Gosta que seus cavalheiros não sejam gentis
Era um marcador de bingo ou um lápis de apostas?

Oh, aquele garoto é cafajeste
O melhor que você já teve
O melhor que você já teve
É apenas uma memória e aqueles sonhos
Não eram tão estúpidos quanto pareciam
Não tão estúpidos quanto pareciam
Meu amor, quando você os sonhou...
Oh querida, pra onde você foi?
Pra onde você foi?
Pra onde você foi? Woah

Desmoronando
Você virou a esquerda para sair da Travessa da Última Risada
Você investigou
Você não volta mais

Desmoronando
Você virou a esquerda pra sair da Travessa da Última Risada
Você investigou
Você não volta mais

Você costumava a conseguir isso em suas meias arrastão
Agora você só consegue no seu vestido de festas
Descartou as noitadas por gentileza
Estacionada em uma crise muito comum
Tudo está em ordem dentro de um buraco negro
Nada parece tão bonito quanto o passado, apesar de tudo
Aquele Bloody Mary está faltando Tabasco
Lembra quando você costumava ser um canalha?

sábado, 24 de novembro de 2012


Hey I just meet you and this is crazy but here is my number so call me maybe.....

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Querido Papai Noel,

Não sei se esse ano fui uma boa menina, mas não fui de todo mal. Errei e muito, sou humana afinal, aprendi tanto Noel. Gostaria de conversar um pouco antes de dizer  o que quero de presente, tenho essa mania de as vezes fazer rodeios nem se dê ao trabalho de se sentir incomodado. Tinha tantas expectativas para 2012, um ano de mudanças, talvez mais um de tantos fins do mundo, sentia aquele frio na barriga de quando a gente faz uma grande mudança, fui lá: me joguei. Cai de cara, Noel. De cara mesmo. Sabe aqueles pulos que no inicio parecem legais mas que quanto mais se aproximam do final mais medo dão ? Pois é, bem isso. E doeu, chegar no chão doeu. Foi como romper com tudo aquilo que acreditava, quebrou uma partezinha aqui dentro, não dá pra consertar mas da pra sobreviver. Isso eu fiz. Sobrevivi, com sequelas admito, mas sobrevivi. Enfim, de uma hora pra outra mudou tudo de novo, tive que ir lá na cara e na coragem e enfrentar coisas que eu tinha medo, enfrentar minha timidez. Acabou que eu me vi longe de pessoas que antes eu imaginei que não sobreviveria sem ambientes hostis. Repito: sobrevivi. Cansada, Noel, muito cansada mas ainda aqui. Descobri que posso lidar comigo muito melhor do que eu pensava, que nem sempre é tão difícil enfrentar as coisas, que o mundo não aceita gente que não luta, aprendi que da minha forma estranha eu sou uma guerreira. Pois Noel, chegamos talvez ao fim de minha já tão prolongada carta e a hora de dizer qual o meu presente. Logo aviso que quero muita coisa mas cabe ao senhor dar um empurrãozinho nos meus familiares e fazer eles me darem, de você, Noel, quero a promessa de um ano melhor ( se é que o mundo não vai mesmo acabar), de um 2013 mais fácil de se enfrentar ou melhor quero uma "eu" mais forte para enfrenta-lo. Tenho tantos obstáculos ainda para vencer, sou tão pequena Noel, dá tua força que dai de cima tudo é mais poderoso. Mexe teus pauzinhos, tuas renas, teus trenós. Tenta, que tentar já é meio caminho de se conseguir.

De mais uma criança por ai

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Os homens que não amavam as mulheres


Confesso que de inicio fiquei curiosa por causa do titulo “Os homens que não amavam as mulheres”, depois de tantos romances se tornando best-seller esse livro continha a promessa de ser diferente. Também digo que não me decepcionei.
O inicio pode ser um pouco cansativo se você, assim como eu, não tiver tanto interesse em crimes econômicos e seus detalhes porém por mais que não te atraia acaba te deixando curioso para entender porque um dos personagens principais, Mikael Blomkvist, sendo inocente não tenta se defender. A outra personagem principal é citada primeiramente pela imagem que seu chefe faz dela: uma garota estranha, bem estranha. Com pierciengs e diversas tatuagens, Lisbeth Salander não é o que se pode dizer de uma garota comum. Mantida sob tutela devido a alegação de ser incapaz, ela é anti-social, detesta falar sobre sua vida privada, além de ter uma inteligência além do comum.
Henrik Vanger, outro personagem central nesse livro, é um magnata aposentado que contrata os serviços de Blomkvist para investigar o desaparecimento da sal sobrinha, Harriet Vanger, trinta e seis anos antes. Henrik acredita que alguém da família tenha matado a garota por ela ser um dos nomes mais cotados para assumir a presidência da empresa, apesar de ser um jornalista econômico, Mikael aceita. Está precisando dar um tempo depois de todo o polêmico caso o Wenneström que o levou a justiça. E é devido a este caso que ele acaba precisando dos serviços de Lisbeth.
Com uma trama envolvente e cheia de momentos, que podem-se dizer, tensos o livro acaba cativando o leitor com sua mocinha que não é tão inocente, o mocinho que não é tão bobo além de chocar o leitor com uma realidade que ele as vezes esquece que existe. Tão diferente quanto seu titulo a trama é acima de tudo, surpreendente.

Praticamente Inofensiva



Depois de muitos anos de aventuras Arthur Dent se tornara um pacato fazedor de sanduiches em Lamuella e tudo parecia ir bem, tinha até certo prestigio com os moradores locais. Ford Prefect estava com problemas: o Guia fora vendido para outra editora e tudo indicava que ele ia perder a liberdade de trabalho que tanto gostava. Tricia McMillan era uma repórter de sucesso intergaláctico e tinha uma rotina normal, até descobrirem o planeta Rupert.
 De uma hora pra outra eis que eles se reencontram e as coisas começam a complicar. Assistem juntos o inevitável destino da Terra. Tentando manter suas próprias sanidades e, diga-se de passagem, complicar a nossa.
 Apesar das diversas polêmicas que envolvem esse livro, eu gostei. A trama possui reviravoltas surpreendentes e Douglas Adams soube como sempre prender o leitor. É triste chegar ao fim dessa “trilogia de cinco” mas ao mesmo tempo é bom saber sobre o que acontece com nossos personagens queridos. O final é emocionante, surpreendente, irônico e de minha opinião nem tão feliz assim, o que acabava não fazendo diferença pois continua sendo excelente.

domingo, 11 de novembro de 2012

De quando em quando ela conserta o vestido, olha no relógio. Já faz algum tempo que espera, as pessoas a encaram, porém não se importa. Ele disse que viria,então não se preocupa mais com quando, apenas espera. O café esfriou, o pão de queijo agora mais parece uma massa nojenta, a garçonete já viera na mesa umas duas vezes perguntar se queria mais alguma coisa: todos sempre querem, tal pergunta deveria ser retórica. Observou suas mãos, estavam mesmo ásperas, diferentes das macias de outrora. Queria sentir se livre para sair dali, mas não podia; prometera esperar e agora cumpriria sua promessa. Viu um vulto entrar no restaurante, quando se tornou claro notou cada detalhe. Desde o cabelo bem arrumado, a camisa de botão, a calça jeans escura, o sapato social, a mochila que um dia fora preta. Esperou ele se sentar, pedir o café sem leite e sem açúcar, bater papo com a garçonete. Se levantou e foi até ele, a surpresa era tangível quando ele a encarou.
 -Pensei que não viria.
 -Você pediu. Estou aqui.
 O abraço foi de certa forma inesperado para ela, não tinha noção da verdadeira importância de sua presença. Sentaram-se na mesa em que ela estava; encararam-se durante alguns minutos apesar de o tempo se tornar apenas um vago elemento daquele reencontro
. -Imagino se esperou muito. Devo me desculpar?
 -Estamos aqui, não? Ele se contorceu ao tom de voz dela, era doloroso lembrar o que os tinha levado a se distanciar. Porém naquele instante não mais importava. Por minutos ele falou com ela que ainda permanecia distante, a garçonete os observava, haviam pedido mais café e biscoitos. Quando ela falou, sua voz parecia entrecortada, parecia soluçar.
 -Em que posso te ajudar?
 -Nada.
 -Então porque me chamou aqui?
 -Apenas queria…Sentia sua falta.
 -Me desculpe. Preciso ir. 
-Espera!
 Ela parou, os cabelos ainda esvoaçavam, o vestido amassara nas bordas, os olhos estavam marejados. Ele segurou seu braço, parecia desesperado, o cabelo bagunçara e a blusa manchara de café.
 -Não vai agora.
 -Esperei demais.
 Tá na minha hora
. -A gente tem tanto que conversar… 
-Não, não tem. Você esperou tempo demais.
 E souberam que aquela frase continha verdade. Esperaram demais, os dois. Esperaram e o tempo não volta atrás.

A Vida, O Universo e Tudo Mais

A Vida, o Universo e Tudo Mais
Depois de cinco anos vivendo tranquilamente na Terra pré-histórica Arthur se depara num dia com seu velho amigo Ford Prefect, que como era de se esperar está mais louco do que o normal. Ele vem como papo de que eles precisam partir, ocorreu um perturbação nas correntes do espaço-tempo e acabam pegando carona num sofá que apareceu no meio do nada e este os leva ao Lord’s Cricket Ground, em Londres, apenas dois dias antes da Terra ser demolida. Numa nave super moderna que mais parece um bistrô italiano e que está parada o meio do campo está Slartibartfast, o magratheano premiado por criar fiordes. Arthur e Ford entram na nave dele e acabam descobrindo que precisam salvar o Universo de robôs xenófobos. Nesse processo de tentar impedir os robôs, salvar o universo, achar chá para Arthur e uma boa festa para Ford, eles acabam encontrando Trillian que deixara a Coração de Ouro com um Zaphod profundamente filosófico. Sem mais comentários sobre a genialidade de Douglas Adams ao escrever sua famosa “trilogia de cinco”.

Até mais e obrigado pelos peixes


Até Mais, e Obrigado pelos Peixes!
Para surpresa daqueles que assim como eu achavam que a Terra já tinha tido seu fim, Até mais e Obrigado pelos Peixes começa com alguém pedindo carona numa noite chuvosa, acaso ou por uma misteriosa conspiração o carro que o oferece carona é o do irmão da garota que no primeiro livro havia tido uma revelação e a Terra acabou. O livro intercala entre capítulos sobre Arthur, sobre nada em particular e sobre Ford que parece ter ficado um pouco mais louco do que o normal no tempo em que se passou desde o final do livro anterior. Cada vez mais confuso Arthur, agora perdidamente apaixonado por uma garota quase tão maluca quanto ele, vai em busca do motivo pelo qual os golfinhos desapareceram do planeta. Ficou confuso? No dia em que supostamente os vogons destruíram a terra para construir um via espacial um agente da CIA foi encontrado morto boiando na represa e todo mundo teve alucinações por isso. Viram naves amarelas e acharam que iriam morrer e de uma hora pra outra puft, tudo sumiu. Douglas Adams como sempre conseguindo tornar até as coisas mais complicadas e absurdas engraçadas. Um pouco diferente dos demais por possuir uma pitada de romance, esse livro até me pareceu um pouco cansativo no começo (como quando o personagem demora anos para lembrar-se do obvio ), mas o final foi surpreendente e a presença de Marvin pela primeira vez foi uma coisa legal. O epilogo me deixou curiosa para o quinto e último da série e imagino que o autor não vá decepcionar.

O Restaurante no Fim do Universo

O Restaurante no Fim do Universo
Zaphod estava irritado. Não conseguia se entender com Eddie e estava morrendo de fome. Vindo na direção de sua nave estava uma nave Vogon , mas ele ainda não sabia disso. Quando descobriu isso já estava um pouquinho em cima da hora e sabe se lá porque ele resolveu fazer uma seção espirita para contatar seu bisavô. É nessa hora que Zaphod fica sabendo, ou melhor se lembra do porque roubou a Coração de Ouro : Encontrar o homem que controla o Universo. Mas nessa missão lamento dizer ele está sozinho. Seus amigos estão inalcançáveis de uma certa maneira. Como companheiro nessa sua jornada sem nem ao menos saber pra onde está indo ,ele tem Marvin. Isso mesmo, o robô depressivo que não usa nem um por cento de sua imensa capacidade cerebral. E não acaba por ai ele faz uma viagem e tanto até reencontrar seus amigos e alguém que possa ajuda-lo a encontrar o cara que controla o universo. Como ninguém é de ferro Eddie os leva para fazer um lanchinho no Restaurante no Fim do Universo onde a refeição conversa com você, é amigável e até sugere o que devem pedir. Douglas Adams mantém o excelente estilo de escrita e conquista cada vez mais o leitor com suas piadinhas e seus personagens. Ele consegue fazer com que aconteçam mil coisas num mesmo livro sem confundir o leitor apesar de na minha opinião, devido ao fato de não simpatizar muito com Zaphod, o inicio do livro pode parecer um pouco maçante, porém com o decorrer dos fatos a história volta a seu ritmo e prende o leitor.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

A Última Música

A Última Música

Confesso que comecei o livro receosa e cheia de preconceitos pro ser de Nicholas Saparks. E lamento dizer para os fãs do autor que nem todos eles foram quebrados. A história começa de uma maneira parecida com Querido John e Um Amor pra Recordar, Ronnie se lembrando de algo que aconteceu. Ronnie é uma garota revoltada pela separação dos pais e que graças a isso parou de falar co mele há três anos. Com 17 anos e um irmão caçula, ela é obrigada a passar o verão com o pai. O que ela não imaginava porém é o quanto de surpresas esse verão lhe revelaria. A história é melosa mas consegue disfarçar isso com Jonah, o irmão mais novo da protagonista e meu personagem preferido. Mostrar as diversas facetas do amor e como é importante perdoar. Reconheci diversos elementos dos outros livros o que pra mim se tornou meio uma característica Sparks de escrever. Não me decepcionei com o livro entre tanto, consegue superar os outros dois que já havia lido em termos de envolvimento coma história e emoção.

O Guia do Mochileiro das Galáxias

Muito além, nos confins inexplorados da região brega da Borda Ocidental desta Galáxia, há um pequeno sol amarelo e esquecido. 

Assim começa a parte do Guia sobre a Terra, o sol em questão é o qual nós giramos em torno. Em Londres alheio aos comentários sarcásticos do Guia sobre o seu planeta, Arthur Dent um típico londrino viciado em chá, estava preocupado com os tratores amarelos no seu jardim. Enquanto ele deitava na grama tentando impedir estes de demolir sua casa, seu melhor amigo Ford Prefect estava preocupado com um evento bem maior : O Fim do Mundo. Ou melhor o fim da Terra. 

E tem início assim as aventuras de Ford e Arthur que pegam carona em um nave espacial e são jogados no espaço antes de encontrar uma espaçonave segura. E esta acaba sendo a Coração de Ouro, controlada por Zaphod Beeblebrox o presidente da galáxia, ou melhor ex-presidente. Junto com Trillian, uma humana que fugira do planeta antes deste destruído, Marvin, um robô depressivo e Eddie, um super-computador alegrinho. 

Douglas Adams consegue cativar o leitor com as reações atordoadas de Arthur, as maluquices de Zaphod, a experiência e mochileiro de Ford, a inteligência de Trillian. Em resumo consegue nos mostrar que o mundo não se resume a nossa galáxia minúscula.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012


Só Agora

Pitty

Baby
Tanto a aprender
Meu colo alimenta a você e a mim
Deixa eu mimar você, adorar você
Agora, só agora
Por que um dia eu sei
Vou ter que deixá-lo ir!
Sabe, serei seu lar se quiser
Sem pressa, do jeito que tem que ser
Que mais posso fazer?
Só te olhar dormir
Agora, só agora
Correndo pelo campo
Antes de deixá-lo ir!
Muda a estação
Necessários são
Você aflorescer
Calmamente, lindamente...
Mesmo quando eu não mais estiver
Lembre que me ouviu dizer
O quanto me importei e o que eu senti
Agora, só agora
Talvez você perceba
Que eu nunca vou deixá-lo ir...
Que eu nunca vou deixá-lo ir...
Eu não vou deixá-lo ir!
Resolvi tirar fotos dos meus livros e postar aqui.Eu já li todos e de certa forma também é um convite a vocês visitarem meu skoob.Caso queira saber a minha opinião sobre algum deles é só falara nos comentários e estou até pensando em fazer resenhas para alguns deles.





















quinta-feira, 13 de setembro de 2012


Essa é a cor da minha unha essa semana. Não tá muito bem pintada mas eu achei legal e resolvi postar aqui.

domingo, 9 de setembro de 2012



Eduardo e Mônica

Legião Urbana

Quem um dia irá dizer
Que existe razão
Nas coisas feitas pelo coração?
E quem irá dizer
Que não existe razão?
Eduardo abriu os olhos, mas não quis se levantar
Ficou deitado e viu que horas eram
Enquanto Mônica tomava um conhaque
No outro canto da cidade, como eles disseram
Eduardo e Mônica um dia se encontraram sem querer
E conversaram muito mesmo pra tentar se conhecer
Um carinha do cursinho do Eduardo que disse
"Tem uma festa legal, e a gente quer se divertir"
Festa estranha, com gente esquisita
"Eu não tô legal", não agüento mais birita"
E a Mônica riu, e quis saber um pouco mais
Sobre o boyzinho que tentava impressionar
E o Eduardo, meio tonto, só pensava em ir pra casa
"É quase duas, eu vou me ferrar"
Eduardo e Mônica trocaram telefone
Depois telefonaram e decidiram se encontrar
O Eduardo sugeriu uma lanchonete
Mas a Mônica queria ver o filme do Godard
Se encontraram então no parque da cidade
A Mônica de moto e o Eduardo de "camelo"
O Eduardo achou estranho, e melhor não comentar
Mas a menina tinha tinta no cabelo
Eduardo e Mônica eram nada parecidos
Ela era de Leão e ele tinha dezesseis
Ela fazia Medicina e falava alemão
E ele ainda nas aulinhas de inglês
Ela gostava do Bandeira e do Bauhaus
Van Gogh e dos Mutantes, de Caetano e de Rimbaud
E o Eduardo gostava de novela
E jogava futebol-de-botão com seu avô
Ela falava coisas sobre o Planalto Central
Também magia e meditação
E o Eduardo ainda tava no esquema
Escola, cinema, clube, televisão
E mesmo com tudo diferente, veio mesmo, de repente
Uma vontade de se ver
E os dois se encontravam todo dia
E a vontade crescia, como tinha de ser
Eduardo e Mônica fizeram natação, fotografia
Teatro, artesanato, e foram viajar
A Mônica explicava pro Eduardo
Coisas sobre o céu, a terra, a água e o ar
Ele aprendeu a beber, deixou o cabelo crescer
E decidiu trabalhar (não!)
E ela se formou no mesmo mês
Que ele passou no vestibular
E os dois comemoraram juntos
E também brigaram juntos, muitas vezes depois
E todo mundo diz que ele completa ela
E vice-versa, que nem feijão com arroz
Construíram uma casa há uns dois anos atrás
Mais ou menos quando os gêmeos vieram
Batalharam grana, seguraram legal
A barra mais pesada que tiveram
Eduardo e Mônica voltaram pra Brasília
E a nossa amizade dá saudade no verão
Só que nessas férias, não vão viajar
Porque o filhinho do Eduardo tá de recuperação
E quem um dia irá dizer
Que existe razão
Nas coisas feitas pelo coração?
E quem irá dizer
Que não existe razão?
Lana Del Rey
Lana Del Rey



VIDEOGAMES


Swinging in the backyard
Pull up in your fast car
Whistling my name
Open up a beer
And you say: ''get over here''
And play a video game

I'm in his favorite sun dress
Watching me get undressed
Take that body downtown
I say you the bestest
Lean in for a big kiss
Put his favorite perfume on

Go play a video game

It's you, it's you, it's all for you
Everything I do, I tell you all the time
Heaven is a place on earth with you
Tell me all the things you want to do
I heard that you like the bad girls
Honey, is that true?
It's better than I ever even knew
They say that the world was built for two
Only worth living if somebody... is loving you
Baby, now you do

Singing in the old bars
Swinging with the old stars
Living for the fame
Kissing in the blue dark
Playing pool and wild darts
Video games

He holds me in his big arms
Drunk and I am seeing stars
This is all I think of
Watching all our friends fall
In and out of Old Paul's
This is my idea of fun

Playing video games

It's you, it's you, it's all for you
Everything I do, I tell you all the time
Heaven is a place on earth with you
Tell me all the things you want to do
I heard that you like the bad girls
Honey, is that true?
It's better than I ever even knew
They say that the world was built for two
Only worth living if somebody... is loving you
Baby, now you do

(Now you do)

It's you, it's you, it's all for you
Everything I do, I tell you all the time
Heaven is a place on earth with you
Tell me all the things you want to do
I heard that you like the bad girls
Honey, is that true?
It's better than I ever even knew
They say that the world was built for two
Only worth living if somebody... is loving you
Baby, now you do


Balançando no quintal
Você chega no seu carro veloz
Assobiando meu nome
Você abre uma cerveja
E vem até aqui
E joga um videogame

Com o vestido que ele gosta
Vou me despindo
Faça meu corpo pirar
Eu digo que você é o melhor
Chego perto para dar um grande beijo
Uso perfume que ele mais gosta

Vá jogar um videogame

É você, é você, é tudo para você
Tudo o que faço, eu digo a você o tempo todo
O Céu é um lugar na Terra com você
Me diga tudo o que quer fazer
Ouvi dizer que você gosta de meninas más
Querido, isso é verdade?
É melhor do que eu imaginava
Eles dizem que o mundo foi feito para dois
Só vale a pena viver se alguém... está amando você
Baby, agora você é amado

Cantando nos bares antigos
Dançando com as velhas estrelas
Vivendo para a fama
Beijando no azul escuro
Jogando sinuca e dardos
Videogames

Ele me segura em seus braços
Bêbada, vejo estrelas
Só consigo pensar nisso
Vendo todos os nossos velhos amigos cairem
Dentro e fora do Old Paul's
Esta é a minha idéia de diversão

Jogando videogames

É você, é você, é tudo para você
Tudo o que faço, eu digo a você o tempo todo
O Céu é um lugar na Terra com você
Me diga tudo o que quer fazer
Ouvi dizer que você gosta de meninas más
Querido, isso é verdade?
É melhor do que eu imaginava
Eles dizem que o mundo foi feito para dois
Só vale a pena viver se alguém... está amando você
Baby, agora você é amado

(Agora você é amado)

É você, é você, é tudo para você
Tudo o que faço, eu digo a você o tempo todo
O Céu é um lugar na Terra com você
Me diga tudo o que quer fazer
Ouvi dizer que você gosta de meninas más
Querido, isso é verdade?
É melhor do que eu imaginava
Eles dizem que o mundo foi feito para dois
Só vale a pena viver se alguém... está amando você
Baby, agora você é amado