domingo, 28 de dezembro de 2014

Wake me up when 2014 ends

Hoje é o último domingo do ano. Dia 29 de dezembro de 2014. Passou rápido, muito rápido. Já falei sobre todas as cosias que meio que me aconteceram esse ano, e esse texto é meio que uma conclusão: o último texto do ano (a criatividade e o tempo não permitem escrever nos dias que seguirão). É pra falar sobre esse blog que em janeira vai fazer 3 anos, sobre como ele me acompanhou durante meu ensino médio, servindo de válvula de escape e acompanhando meus gostos e manias estranhas. Esse foi o ano que eu menos escrevi, seja pelo tempo que foi curto, ou por não saber como escrever. Não estive apaixonadinha como nos anos anteriores, ou mesmo depressiva. Quis muito filosofar, ser politicamente ativa e outras coisas assim. Cresci de maturidade e perdi minhas palavras, continuo escrevendo muita besteira mas nada que lembre algumas pérolas de anteriormente. Não fiz nem o texto do papai noel esse ano, o que me deixou meio putz. Mas enfim, o ano figurativamente acabou, e o passado fica de experiência. Tenho noção de quantas expectativas tenho pra 2015 e como isso não parece certo, mas no fim eu sou só mais uma adolescente insegura e preocupada com vestibular, aparência, romance, de mal com a vida. Agradeço a Deus por ter me dado os ombros mais fortes, por me ajudar a ter coragem de tornar meus ombros mais fortes e pelo perdão por todas as vezes em que fui falha. Parece clichê dizer que eu tenho em mente ser uma pessoa nova ano que vem, parece e é. Mas acreditem ao menos dessa vez vou tentar. Feliz ano novo!

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Esse ano não fiz nenhum texto reflexivo. Gostaria de ter feito, já que foi um ano de mudanças, mas foi também um ano de bloqueio criativo, de falta de tempo. De não saber escrever. Me senti na dívida de escrever algo, 2014 merece. Escrever pelo menos pra mim, significa lembrar e ter aprendido com a lembrança, ter aprendido com as brigas do início do ano, com o tanto que eu estudei, as fotos e os trotes. Ter reclamado pra caramba no São João, ter dito que eu torcia pra Alemanha desde o início da Copa, ter curtido o Festival de Inverno, ter sofrido com o ENEM e as pressões da escola: querer explodir ft estar morta. Foi me sentir ansiosa com a formatura, querendo que acabasse logo e sem saber o que fazer com isso, foi ter medo do vestibular e não ver a hora de fazer a prova. Foi rir, gritar, reclamar, chorar muito, querer fugir e ir pra uma dimensão paralela. Foi Marvel e DC, Drummond e John Green, foi políticas sociais, defesa das minorias, posicionamentos em questões humanitárias, foi Beat Poetry e Foucalt, foi culpa dos comunistas e da falta de coca-cola pra Yoani. Foi CW, ABC, HBO, CBS. Foi ficar louca pelo Lolla, ou pular com o novo disco de Marina, sofrer com Jake Bugg e Arctic no Brasil, foi seguir Tico Santa Cruz no face, foi ficar indignada com Levi Fidélix e se perguntar onde estão os bons candidatos. Foi chorar pelos amigos feitos, pelas amizades que sofreram rachaduras, pelas outras que amadureceram. Se sentir angustiada, incompreendida, ter baixa autoestima. Achar este "a sick sad world". Hoje são 23 e faltam 8 dias pra acabar o mês, ou melhor o ano. Vai ser mais um 31 de dezembro, vai ser uma Gabrielli carregada de memórias e aprendizados e de muitas dúvidas. A garota bocó que entrou no primeiro ano vivendo num mundo cor de rosa e a que saiu praguejando contra tudo e todos, a medrosa, a tímida, a nerd, a da galera, a chata dos trabalhos, a estressada. Como diz Cora Coralina, vivem dentro de mim os diversos tipos de mulher, todas elas na minha vida obscura. Saiu depressiva essa frase, mas não foi a intenção. Quero parecer feliz, porque esse ano não foi ruim, teve um saldo positivo. Tive conquistas e momentos de perder as esperanças. Tenho medo na verdade, medo porque 2015 vem ai, avassalador com tudo aquilo que pode ser. Tenho medo de não ser, de não ser a garota do ombros fortes que consegue fazer reais as probabilidades. Me ensinaram porém que apesar do medo eu tenho que ir, apesar da dúvida e de todos os meus outros poréns. Tenho que ir na fé e remar, ser Caio e ainda assim não me entregar a desesperança. Ao Papai Noel deixo meus agradecimentos, como toda boa menina também quero presentes, mas acima de tudo agradeço meu 2014. E tenho fé que 2015 será um bom ano, terei coragem de fazer dele um bom ano. "Reza a lenda que a gente nasceu pra ser feliz e o Universo conspira ao nosso favor."