No fundo da alma, todavia, esperava um acontecimento. Como os marinheiros angustiados, lançava sobre a solidão de sua vida olhos desesperados, procurando ao longe alguma vela branca nas brumas do horizonte. Não sabia qual seria aquele acaso, o vento que o empurraria até ela, para que margens ele a levaria, se seria uma chalupa ou um navio de três conveses, carregado de angústias ou cheio de felicidade até as escotilhas. Mas, cada manhã, ao acordar, esperava-o para aquele mesmo dia...— GUSTAVE FLAUBERT, Madame Bovary
Deslocamento atômico para um instante único em que o poema mais lírico se mostre a coisa mais lógica.
terça-feira, 14 de julho de 2015
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário