terça-feira, 14 de julho de 2015

LO-LI-TA: Um romance clássico


 

Então, estamos em julho, e eu esqueci de comentar por aqui que estou desde o início do ano participando daquele desafio dos 52 livros em um ano. Enfim, decidi agora tentar fazer um apanhado aqui dos que eu já li até agora: em que classificação eles entram, um pouquinho da história e o que eu achei. Decidi começar pelo livro do nome mais legal, mais cult. 
Ah, deixai-me uma vez só ser sentimental. Estou tão cansado de ser cínico.
 -Humbert Humbert 
O livro é um clássico do século XX, que conta a história de uma homem que se apaixona por uma menina de doze anos. Chocante pra época, chocante hoje. Mas não se engane você que pensa que é só isso, é comum em alguns momentos ( pelo menos pra mim) se esquecer que a escolhida de todo aquele amor é uma menina, uma criança. Humbert vai contando a você toda a história de quem ele era até o momento em que ele conhece Dolores Haze, uma garotinha de doze anos que desperta nele um amor de certa maneira meio doentio. O decorrer do livro acontece com ele nos contando toda a sua trajetória com ela, tentando se justificar, explicar ao leitor.
É um livro denso e em determinadas partes eu simplesmente me encontrava meio cansada do peso da história, mas isso não faz com ela seja menos sensacional. Fora que o personagem principal, que nos narra a história, não é digno de confiança ou mesmo empatia, o que não impede tais sentimentos.

 MEU HISTÓRICO DE LEITURA
"Não me entendam mal, é um livro ótimo. Ele te prende a história, porém também cansa. A densidade de Humbert Humbert me é cansativa, assim como as descrições de todas as características de ninfeta em Lo-Li-Ta (tem que fazer a separação, encostando no palato três vezes). Fora que eu não consigo tirar da minha mente que ela só tem 12 anos."
 "O tipo de livro que te fascina e te esgota. Você sente asco por Humbert e compaixão por Lolita. Na medida em que também despreza ela e todos os outros envolvidos. Como fala no prefácio, mais que valor literário é um livro que se propõe a tratar do impacto ético no leitor sério: 'os personagens nos advertem contra tendências perigosas, nos apontam males poderosos.'"


"Lolita, luz da minha vida, fogo da minha carne. Minha alma, meu pecado. Lo-li-ta: a ponta da língua toca em três pontos consecutivos do palato, para encostar, ao três, nos dentes. Lo. Li. Ta."

"E então percebi que a coisa desesperadamente dolorosa não era Lolita ausente do meu lado, mas a voz dela ausente de toda aquela harmonia."

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