sábado, 17 de agosto de 2013

Não quero mais gostar de ninguém porque dói, já dizia Clarice e eu fazia dessa frase meu lema e acabava fazendo a burrada de olhar demais na direção de alguém de tanta coisa. Faço burradas que sei pra onde levam, faço coisas das quais deveria me arrepender mas surpreenda-se você: não me arrependo. Gostar de alguém continua doendo, porém o que faço eu se você me olha com aqueles olhos de cobra meio que esperando pra o bote, se você me segura e pergunta, sei lá, “Que horas são?”,  que faço eu? Cedo e te olho com os meus olhos também de cobra, mas uma cobra assustada com medo, um medo que te diverte lá no fundo se tu és realmente capaz de perceber. De que me adianta o medo ou se arrepender se no final desse filme ainda vai ser você, vai ser teu sorriso, teu jeito, tuas burradas, teus erros. De que me adianta?

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