A moça na esquina, de costas, com
um casaco preto e o cabelo num coque.
Ela tremia de frio e parecia esperar alguém. De longe parecia tanto com você.
Assim como a outra moça de vestido, sentada mordendo um lápis numa lanchonete.
E a risada de uma mulher que passou por mim na rua. Senti tanto ciúme quando
uma moça saiu num encontro usando o seu perfume. É como se em cada canto que eu fosse, cada
esquina dobrada eu estivesse procurando por você numa maneira de estranha de
perguntar “em qual rua minha vida vai encostar na tua”. Mas parece que você vem
tomando atalhos, some em cada beco numa tentativa de desviar ainda mais. Eu
pego os caminhos mais longos, gosto de caminhar observando cada pequeno
detalhe. Sentado sozinho nesse banco,
numa praça cheia de casais felizes, eu me pergunto onde será que você se
esconde, me pergunto em que rua a gente se perdeu. Vejo uma moça com uma blusa
igualzinha a sua, aquela com a frase engraçada.
Ah, amarga sina minha de ver em cada canto um pouquinho de ti.
“Tell me where’s your hiding place, I'm worried I'll forget your face.
And I've asked everyone. I'm beginning to think I imagined you all along. (…) Please, can I call you her name?”
And I've asked everyone. I'm beginning to think I imagined you all along. (…) Please, can I call you her name?”
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