sábado, 20 de junho de 2015

I see you in the cornerstone

A moça na esquina, de costas, com um casaco  preto e o cabelo num coque. Ela tremia de frio e parecia esperar alguém. De longe parecia tanto com você. Assim como a outra moça de vestido, sentada mordendo um lápis numa lanchonete. E a risada de uma mulher que passou por mim na rua. Senti tanto ciúme quando uma moça saiu num encontro usando o seu perfume.  É como se em cada canto que eu fosse, cada esquina dobrada eu estivesse procurando por você numa maneira de estranha de perguntar “em qual rua minha vida vai encostar na tua”. Mas parece que você vem tomando atalhos, some em cada beco numa tentativa de desviar ainda mais. Eu pego os caminhos mais longos, gosto de caminhar observando cada pequeno detalhe.  Sentado sozinho nesse banco, numa praça cheia de casais felizes, eu me pergunto onde será que você se esconde, me pergunto em que rua a gente se perdeu. Vejo uma moça com uma blusa igualzinha a sua, aquela com a frase engraçada.  Ah, amarga sina minha de ver em cada canto um pouquinho de ti.


“Tell me where’s your hiding place, I'm worried I'll forget your face.
And I've asked everyone. I'm beginning to think I imagined you all along. (…)                       Please, can I call you her name?”

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