domingo, 12 de outubro de 2014

“Não te amo como se fosse rosa de sal, topázio
Ou flecha de cravos que propagam o fogo:
Te amo como se amam certas coisas obscuras
Secretamente, entre a sombra ea alma.
Te amo como a planta não floresce e leva
Dentro dela, oculta a luz daquelas flores,
E graças a teu amor vive obscuro em meu corpo
O apertado aroma que ascende da terra.
Te amo sem saber como, nem quando, nem onde,
Te amo diretamente sem problemas nem orgulho;
Assim te amo porque sei amar de outra maneira,
Senão assim deste mode em que não sou nem és
Tão perto que a tua mão no meu peito é minha mão,
Tão perto que se fecham seus olhos com meu sonho”

-PABLO NERUDA SONETO XVII

Nenhum comentário:

Postar um comentário