sábado, 16 de agosto de 2014

O terceiro ano é uma loucura. Você estuda tanto, a pressão é gigantesca e pelo menos eu me sinto a beira da explosão todos os dias. São os professores que parecem não suportar mais dar aula na sua turma, os assuntos insuportáveis, o vestibular, as saídas com os amigos, as redes sociais, os filmes, as séries, as músicas. Toda aquela crise da adolescência culmina agora no momento decisivo onde você finalmente vai sair da escola e começar a andar com suas próprias perninhas. Sem pressão claro. Tudo muito tranquilo, fora isso tem toda aquela aura social de que garotas tem que ter um namorado ou uma vida de solteiro agitada, pros meninos acho que a pressão diminui um pouco. Ser solteira e não estar desesperada atrás de alguém é quase um crime. Fora que tem as sociais que você quer ir e as que é importante pros seus amigos que você vá, tem todo aquele lance de álcool e drogas, sem querer julgar ninguém já que eu não faço uso de nenhum dos dois. É complicado demais.
Surgiu pra mim a ideia de ir escrevendo todas as cosias que eu pensasse, desde a experiência social da alienação juvenil até o vírus da piriguetagem. Passando pelas amizades, os romances, as brigas, as raivas, as notas, as provas. Uma válvula de escape que eu vinha buscando desde o início do ano. Espero que me ajude, espero que um dia no futuro me faça rir ou pensar "meu Deus eu era tãaaao chata", cansei de ser Charlie e fingir que gosto  de vestir a fantasia de "ser social", quero construir minhas memórias do meu jeito, cansei de ouvir "Ah, mas é terceiro ano tem que curtir mesmo", a vida minha e eu sei do que posso ou não me arrepender. O bom do ser humano é a liberdade de ser único.

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