terça-feira, 19 de agosto de 2014

Durante os meses antes do mundial de 2014, um slogan se fez presente no dia a dia dos brasileiros: “Imagina na copa?”, mas agora um mês depois da final no Maracanã fica a questão não mais dos empecilhos que poderiam surgir durante o evento e sim das soluções que viriam à tona depois. Em momento algum se foi afirmado que junho acabaria com os problemas do país e contrariando a expectativa geral os brasileiros não esqueceram suas reinvindicações. O momento agora é de se colocar na ponta do lápis os benefícios resultantes.  
As manifestações de junho de 2013 causaram surpresa e orgulho na população, por pela primeira vez em muito tempo, jovens estarem indos as ruas por condições melhores de vida, não salários, ou protesto de oposição ao governo – antes disso, movimentos que repudiaram influência política. Apesar de não terem concedidos todos os seus tópicos, “a revolta dos 20” como se popularizou pela internet, graças à mídia assustou os responsáveis em âmbito mundial pela realização do mundial no ano seguinte, criando para o Brasil o clima de país de risco. Em termos de realização, organização, recepção e energia a copa de 2014, foi a copa das copas segundo a impressa internacional, que havia muito criticado nos meses anteriores.
As obras superfaturadas causaram descontentamento, mas podem agora trazer um benefício mesmo que pequeno. Diversos projetos de infraestrutura foram colocados em prática, ruas, metrôs, aeroportos, organização de trânsito nas grandes cidades; a quantidade de dinheiro colocada em circulação na economia brasileira, além da movimentação do comércio, do turismo incluindo o crescimento significante no setor de hotelaria; e mesmo os estádios que servem de herança para o futebol brasileiro. O Brasil construiu uma nova imagem lá fora, como país solidário e acima de tudo organizado, vencemos uma parte da imagem de bagunça atribuída a população.

Apesar dos bens palpáveis terem sido poucos, a maior aquisição do Brasil nesse pós- copa, foi a capacidade de se unir e de conseguir fiscalizar seus próprios governantes. Seria talvez essa conscientização que ocorreu devidos aos gastos absurdos com evento, um começo para sairmos da política do pão e circo. A maior prova de que o brasileiro sai dessa alienação coletiva é a pouca influência dos resultados do futebol nas eleições em outubro. E que continue assim, parafraseando a marchinha, vamos pra frente Brasil.

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