quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Falar sobre política é chato. Pelo menos para uma boa parte da população, que considera discutir estratégias e detalhes de governos e candidatos ao poder um assunto maçante; somado a isso uma grande parcela de cidadãos acredita que o voto não deveria ser obrigatório. Esse pensamento é fundamentado  no ditado do “ele rouba, mas faz”, se na política só tem ladrão votar não faz diferença e portanto deve ser facultativo.  A desonestidade na política seria justificativa, portanto, para uma abstenção por parte do cidadão?
Cada ser humano já nasce com direito ao voto em uma democracia liberal, o direito de escolher aquele que irá ser o representante das escolhas do povo.  Nos países de primeiro mundo votar é uma ação facultativa o que estimula uma motivação para com os eleitores, que se ao invés de obrigados agora se familiarizam e concordam com políticas dos candidatos e  vão as urnas. No entanto um dos maiores tópicos contra o voto facultativo é a maturidade brasileira em relação as eleições. Os brasileiros por muitas vezes são aliciados por promessas em vão de candidatos, ou mesmo votam sem conhecer o passado político do elegido.
O argumento usado por boa parte das pessoas que opinam pelo voto facultativo é que este é um direito concedido por lei, porém em democracias recentes como o Brasil é comum que aspectos como serviço militar e comparecimento as urnas seja obrigatório. Além do mais participação na vida política é um dever do cidadão e para tanto votar é uma maneira de exercer esse dever . 

Tornar o voto facultativo não resolve o problema da desonestidade e corrupção governamental e votar  é acima de tudo uma maneira de lutar por um país melhor. Considerar que a população não consegue decidir quais são os bons candidatos para si é subestima-la e nada garante que num voto facultativo, práticas como compra de votos terminariam. O Brasil caminha hoje para uma democracia onde quem sabe um dia o voto seja facultativo, até lá a população pode e deve fazer uso do poder que é a ela concedido para mudar os rumos do país.

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