terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Let the skyfall

Esse ano eu demorei e muito pra começar a fazer a retrospectiva, talvez porque tinha cada vez mais a sensação de que não teria tempo pra fazer tudo que queria e devia até o dia 31. Escrevo aqui do auge da tarde extremamente quente do dia 28. Foi um ano estranho e novo e cheio de mudanças e de apreensões. Eu me lembro da ansiedade e do medo que eu tinha em janeiro de ter falhado em relação a entrar numa faculdade e da felicidade ao saber que consegui entrar em quatro. Lembro da empolgação e do medo de ter ido morar sozinha, da saudade, da preocupação com a distância me afastar daqueles que eu gosto. De me mudar de casa mais de uma vez, de aprender a pegar ônibus sozinha e a me virar na faculdade, dos trabalhos, das provas, da greve. De voltar pra casa e sentir como se não reconhecesse mais os meus próprios amigos e achar que eu estava diferente de mais, de ter alguém com quem eu gostasse realmente de conversar e me sentir tão madura por isso é ainda assim tão infantil. Todas as brigas, as roupas, os momentos, as risadas, todo o tédio e o medo de cancelarem o semestre e a decepção também por que não, ah, eu me lembro. Das amizades que eu fiz e de todos os momentos rindo ou andando pela uesc só pra não assistir a aula. O festival de inverno e as idas a praia. As férias em outubro sem wifi, o segundo semestre meio whaaat. Os crushes , o curso de inglês, a mudança, ter que tomar decisões importantes sozinha. Te digo que foi um ano louco, bem louco. Cheio de tudo e de nada. Faltam 4 dias para acabar o ano e eu me sinto angustiada em relação a um monte de coisas, da faculdade as amizades, a se estou aproveitando minha vida e se estou tomando as decisões certas. 2015 teve tanta tragédia, tanta coisa ruim acontecendo e eu gosto de me esconder no meu mundo faz de conta, mas sinto medo realmente. Como se tudo fosse mais tranquilo ou melhor alguns anos atrás. Mas o mundo muda e a gente também,  peço a Deus ombros mais fortes, por mais um ano e peço coragem também. Não fiz carta nem pedido pra papai Noel esse ano, em virtude do tempo, da criatividade de tudo, mas lembro e apelo a esse bom velhinho que 2016 desperte o melhor em nós, que a humanidade antes de tudo aprenda a ser humana, e que eu deixe de soar tão clichê.

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