domingo, 15 de novembro de 2015

Queria culpa alguém. Alguma coisa. Culpar Áries com ascendente em Câncer. Culpar a sociedade patriarcal e opressora. Culpar meus pais que me mimaram. Culpar minha geração que veio bugada. Culpar. Mas a culpa é minha. Mea culpa, mea maxima culpa. Olho pro horizonte e penso em todas as cosias que e gostaria de estra fazendo, de estar sendo. Lembro que minha psicóloga pediu pra eu escrever um texto no início do ano em que eu dizia quem eu era, até postei aqui, apesar de não ter mostrado a ela. Eu dizia ser uma mistura de tudo aquilo que eu gosto, não gosto, quem eu amo, quem não suporto. Mas me sinto mal,  bem mal. Perdi o propósito do texto, sempre perco. O direito me deixa sem saco pra enrolação, quero mais dogmática decisiva que zetética. Sinto que me afastei da minha melhor amiga e que não tenho ninguém que possa fazer esse papel, me estresso constantemente comas minhas "amigas" daqui. Tenho vontade de chorar e ficar encolhida em posição fetal, tenho raiva e me sinto triste uma parte gigante do tempo. Reclamo pra evitar tudo isso, surto e sou grossa. Devia tentar mudar e ir descobrindo um jeito de ser quem eu sou, descobrir quem eu sou. Começo amanhã, junto com a dieta de toda segunda. Um dia dá certo. 

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