Clarisse é uma tola.Uma romântica
tola que vê nos mínimos gestos uma declaração de amor,enxergando fagulhas de
romance em tudo.Clarisse é uma boba.Tão sujeita a se magoar,a partir seu coração,deixar
as lágrimas borrarem a maquiagem em seu rosto de porcelana.Tonta, digo mais uma
vez,se apaixona por “olhares,sorrisos,gestos(...)”, ingênua em acreditar em
tudo e todos,acreditar na bondade,repito:I-N-G-Ê-N-U-A.
Quero muito bem a Clarisse pra
concordar com suas aventuras,seus ideais, deixar que ela acredite em príncipe
encantado,quero vê-la acordada pra evitar decepções. Quero protegê-la.Minha
pobre querida ingênua,posso até ouvir seu resmungar baixinho dizendo que tem
razão,posso ouvi-la sussurrando pra cozinheira ajuda-la a ir ao jardim durante
a noite encontrara seu amado,e semanas depois chorando no chão do quarto porque
o amado a magoou. Heroína de meia tigela,protagonista de romance água com açúcar
mas melhor seria não defini-la,sem rótulos apenas com aquele ar de romântica incorrigível
que espera o príncipe na janela.Não ouve meus apelos a menina,fica ali tomando sereno
e acabava se resfriando e se sente como a Branca de neve ou a Bela adormecida.Se
sente princesa quando se apaixona,se sente donzela enquanto espera na janela,se
sente via quando ama.Porque Clarisse apenas sente.
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